Śrī sarasvatī śatanāmāvali - Sādhvī Caitanya

Os Vedas, o conhecimento sagrado da tradição Hindu, possuem um entendimento altamente refinado de “Deus”. Na visão do Veda, Deus não é uma questão de crença, mas um ser consciente que é para ser entendido como livre de limitação, completo, e não-dual – como a verdade de si-mesmo. Isto, na verdade, é o objetivo final de toda a vida humana.
A palavra Sânscrita para Deus é “Īśvara” ou “Īśvari”, a entidade consciente que sustém tudo. Na visão do Veda, Īśvara/i, o criador de tudo, também não está separado de tudo aquilo que é criado. A criação é, neste sentido, mais como uma manifestação, existindo como múltiplas formas e nomes. Assim como todo os ornamentos derivam a sua existência e o seu brilho do ouro, sem que o ouro passe por nenhum mudança, jagat – tudo o que está aqui incluindo o complexo corpo-mente-sentidos – retira a sua existência ao ilimitado e todo-penetrante criador, e por ele é sustentado. Para ser a verdade de tudo, Deus tem de ser livre de toda a modificação, atributos incluindo género. No entanto, a beleza da visão é a de que quando todos os nomes e formas são não-separadas de Deus, significa que Īśvara/i pode ser invocado em qualquer género, nome forma ou função.
A cosmologia Védica concede uma posição elevada ao princípio feminino, não apenas como o poder criativo e inteligência responsável pela manifestação de todos os nomes e formas, mas também como o conhecimento e abundância. Em suma, a força feminina governa a maior parte dos desejos e buscas, chamados purushārta. São quatro no total – dharma, ou conduta correta, artha, segurança, kāma, prazer, e mokṣa, libertação do sentimento de aprisionamento. Destes objetivos, artha e kāma são geralmente os mais populares. Porque uma pessoa tem a sensação de vazio centrado em si-mesma que é universalmente experienciada, procura segurança e prazer acima de tudo.
Na visão dos Vedas, mokṣa, a libertação do sentimento de aprisionamento centrado em si é a meta suprema de todo o ser humano. Já que a sensação de aprisionamento é irreal, e baseada na ignorância de si-mesma como ilimitada e plena, o conhecimento de si-mesma como uma pessoa completa pode dissipar esta ignorância. Ao contrário de um animal que está livre de consciência de si-mesmo, e não tem necessidade de tal conhecimento, o ser humano está completamente consciente de si e, portanto, também sujeito a um julgamento centrado em si-mesmo. Auto-julgamento, ou uma sensação de limitação, ato-inaptidão ou não-aceitação de si-mesmo é um fenómeno humano universal que transcende todas as diferenças.
Julgamento centrado em si-mesmo surge da ignorância de si como ilimitado e pleno, como uma forma não-separada do criador. Uma pessoa erradamente toma-se como sendo limitada da mesma maneira que a montagem corpo-mente-sentidos. Este julgamento leva uma pessoa a emaranhar-se numa vida de “tornar-se”, onde a pessoa procura compensar a noção persistente de falta tentando, constantemente, “tornar-se” ilimitada. Como aquilo que é infinito nunca poderá ser produto de ação, até que a pessoa seja exposta ao conhecimento de si como completa, ilimitada, plena e livre, nunca poderá ser livre de ser uma pessoa insuficiente.
Para alcançar paravidya, este conhecimento de si como absoluta, uma pessoa tem de cultivar śraddha, devoção, pelo ensinamento, e pelo professor, que transmite o conhecimento duma forma que remove totalmente a ignorância. Uma pessoa necessita de um corpo saudável, e livre de doenças para que não seja emboscada por padecimentos físicos durante o processo de obtenção deste conhecimento. Uma pessoa necessita de uma mente que esteja relativamente satisfeita com a capacidade de aceitar aquilo que é como é. Uma pessoa necessita viveka e vairāgya, a maturidade emocional e intelectual para cessar a procura do infinito em lugares e objetos finitos e o desapego para deixar tudo o que é finito para descobrir o infinito em si, como pūrṇa, como o todo.
A nível relativo também – o nível de ajustamento de uma pessoa no mundo dos objetos e relacionamentos – metas humanas como artha, buscas em função da segurança, e kāma, a procura de prazeres também requerem conhecimento, e a capacidade de fazer escolhas adequadas. Uma pessoa necessita de discriminação, viveka, clareza intelectual, medhā. Uma pessoa precisa da benção de estar no lugar e momento certos. Também necessita dharaṇa, o poder de retenção, e uma mente ordenada que seja capaz de permanecer focada, cittaikagrata.
Independentemente da pessoa querer realizar os seus desejos através de meios corretos, ou buscar uma resolução para esta pessoa-que-deseja no despertar do conhecimento de si-mesma, a pessoa descobre que não está no comando. Verdade, uma pessoa é livre de agir, mas não está encarregue dos resultados das suas ações. A diferença entre sucesso ou fracasso de um empreendimento – tendo que uma pessoa utilizou tempo e esforço adequados – é a variável escondida que se revela sob a forma do karma da pessoa, chamada durita. Todos os dias, uma parte do karma atribuido ao indivíduo para aquela vida manifesta-se, e traz consigo dificuldades e obstruções de diferentes graus. Durita coloca obstáculos no caminho e pode mesmo desviar a vontade da pessoa, e impedir a pessoa de alcançar a meta idealizada.
Já que durita é o efeito invísivel do karma de uma pessoa, não se pode saber quando e de que forma surgirá. Porém, pode ser conscientemente neutralizado por puṇya (bom) karma sob a forma de oração.
Oração é a invocação de Īśvara/i como o ilimitado poder que tudo permeia. Apesar de haver um insecto chamado “louva-a-deus”, apenas o humano é capaz de orar. Orar como karma, ação, pode ser kāyikam, (física), vācikam (verbal), ou manasam (mental). Cada uma destas formas acumula puṇya, benção, porque na oração a vontade não está aprisionada pelos desejos próprios, e é realmente livre. Uma pessoa tem a capacidade de orar, mas uma pessoa não precisa de orar. Na oração, existe na pessoa o entendimento da sua incapacidade de interferir no esquema das coisas; existe um reconhecimento das suas limitações e uma entrega ao altar da ilimitação. Como todas as ações, orar produz dṛṣṭa e adṛṣṭa, efeitos visíveis e invisíveis. Os efeitos visíveis da oração são um coração que é forte, calmo e livre de conflito. Apenas um coração assim pode entender-se a si-mesmo como livre de limitações. Os efeitos invisíveis da oração dissolvem os obstáculos karmicos do caminho da pessoa, libertando-a para a obtenção dos seus objetivos sem inibições ou obstruções.
Quando uma pessoa ora para o conhecimento de qualquer tipo, Īśvara/i é invocado sob a forma da Deusa Sarasvatī. A palavra “sarasvatī” significa aquela que existe sob a forma de um rio de conhecimento que flui e que permeia tudo. Mata Sarasvatī é a Deusa Védica do conhecimento, que preside sobre paravidyā, conhecimento de si-mesmo como o absoluto, e aparavidyā, o conhecimento de todas as disciplinas como as artes, incluindo a fala e o som.
A oração Védica é uma forma de entrega. A palavra Sânscrita para entrega é “namaḥ”. É uma invocação que conscientemente reconhece as forças na vida de uma pessoa que ela não consegue controlar. A palavra “namaḥ” é também a entrega dos sentimentos de impotência de uma pessoa no altar que é todo-poderoso. Quando esta entrega é bem sucedida, uma pessoa perde o sentimento de alienação apercebendo-se que está incluída no todo, e reconecta-se ao seu sentimento de propósito.
Geralmente, a oração existe ora na forma de repetição de cento e oito, ou mil e oito, nomes que revelam a natureza de Īśvara/i. Realmente falando, o número de nomes não importam em nada, porque todos os atributos, todos os nomes e todas as formas são a Deusa apenas. Se uma pessoa repete o seu nome dia-e-noite, tal pessoa seria vista como sofrendo de algum tipo de doença obsessiva. Mas, se uma pessoa repete o nome da Deusa todo o dia, tal pessoa é respeitada como sendo uma devota. Isto acontece porque no caso de Bhagavatī, a Deusa, o nome e a pessoa são um e o mesmo. Não existe diferença entre os atributos da elogia e a entidade consciente que os representa. A vocalização de śatanāmāvali, os cento e oito nomes tem um efeito purificador, em parte, devido ao arranjo poético e aliterativo dos nomes e, em parte, porque assim que a pessoa canta a pessoa “vê” o significado das palavras como não separadas de si-mesma. Na entrega ao altar que é tudo, ao identificar-se como aquilo que é todo-poderoso, a sensação de alienação e limitação é dissolvida.
Existem muitos śatanāmāvalis disponíveis, cada um dedicado a revelar os atributos de vários devatās, divindades. De todos esses, aquele dedicado à Deusa Sarasvatī é muito popular porque ela representa o conhecimento – a mais proeminente busca humana. As palavras que revelam a natureza da Deusa Sarasvatī são de quatro tipos:
a) palavras que revelam a natureza essencial de Īśvara/i, como “Om trikāla jñāyai namaḥ”, incondicionada pelo tempo;
b) palavras que revelam Īśvara/i como a causa do jagat, como “Om trayī mūrtye namaḥ”, aquela que é a causa da origem, manutenção, e destruição do jagat;
c) palavras que indicam a forma manifesta como “Om kāla rātryai namaḥ”, aquela que é a noite escura;
d) palavras que revelam a natureza esotérica da Deusa, descrevendo os seus atributos, que são muitas vezes simbólicos por natureza, como “Om rakta madhyāyai namaḥ”, aquela cuja cinta tem cor avermelhada (significando rajas ou movimento).
Aquilo que é oferecido aqui é uma simples tradução, tendo em mente o leitor ocidental, que é relativamente novo na tradição, e na pronúncia do Sânscrito. Que a Deusa Sarasvatī habite nos corações dos leitores sob a forma de discurso doce, devoção, perseverança e conhecimento. Om tat sat.
Śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvali - Os 108 nomes em louvor à Deusa Sarasvatī
1. Om sarasvatyai namaḥ - Saudações Àquela que tudo permeia fluindo
2. Om mahā bhadrāyai namaḥ - Saudações à mais auspiciosa
3. Om mahā māyāyai namaḥ - Saudações ao maravilhosos poder criador
4. Om vara pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que manifesta os desejos
5. Om śrī pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que manifesta a abundância
6. Om padma nilayāyai namaḥ - Saudações Àquela que reside na pureza
7. Om padmākṣyai namaḥ - Saudações Àquela dos olhos de lótus
8. Om padma vaktrikāyai namaḥ - Saudações Àquela de discurso puro como o lótus
9. Om śivānujāyai namaḥ - Saudações à irmã mais nova de Śiva
10. Om pustaka bhṛte namaḥ - Saudações à portadora dos Vedas
11. Om jñāna mudrāyai namaḥ - Saudações Àquela que faz o gesto do conhecimento
12. Om ramāyai namaḥ - Saudações Àquela em quem os yogis se deleitam
13. Om kāma rūpāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como desejo
14. Om mahā vidyāyai namaḥ - Saudações a Ela como conhecimento absoluto
15. Om mahā pātaka nāśinyai namaḥ - Saudações à destruidora de grande karma
16. Om mahāśrayāyai namaḥ - Saudações ao abrigo supremo
17. Om mālinyai namaḥ - Saudações Àquela que usa uma grinalda
18. Om mahā bhogāyai namaḥ - Saudações Àquela que é a grande experienciadora
19. Om mahā bhujāyai namaḥ - Saudações Àquela de braços fortes
20. Om mahā bhāgāyai namaḥ - Saudações à mais afortunada
21. Om mahotsāhāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como grande entusiasmo
22. Om divyāṅgāyai namaḥ - Saudações Àquela de membros refulgentes
23. Om sura vanditāyai namaḥ - Saudações Àquela reverenciada pelos Deuses
24. Om mahā kālyai namaḥ - Saudações Àquela que existe como sendo o tempo
25. Om mahā pāśāyai namaḥ - Saudações à grande unificadora como samsāra
26. Om mahā kārāyai namaḥ - Saudações à grande aprisionadora
27. Om mahāṅkuśāyai namaḥ - Saudações à grande disciplinadora
28. Om pītāyai namaḥ - Saudações Àquela de pele amarelada
29. Om vimalāyai namaḥ - Saudações Àquela sem impurezas
30. Om viśvāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como muitos
31. Om vidyun mālāyai namaḥ - Saudações Àquela engrinaldada por esplendor
32. Om vaiṣṇavyai namaḥ - Saudações Àquela que tudo permeia
33. Om candrikāyai namaḥ - Saudações Àquela como luar
34. Om candra vadanāyai namaḥ - Saudações Àquela possuidora de rosto [brilhante] como a Lua
35. Om candralekha vibhūṣitāyai namaḥ - Saudações Àquela adornada pela Lua crescente
36. Om sāvitryai namaḥ - Saudações à portadora da refulgência do Sol
37. Om surasāyai namaḥ - Saudações Àquela que é a essência do conhecimento
38. Om devyai namaḥ - Saudações à radiante
39. Om divyālaṅkāra bhūṣitāyai namaḥ - Saudações àquela adornada por luz
40. Om vāgdevyai namaḥ - Saudações à Deusa do discurso
41 . Om vasudāyai namaḥ - Saudações àquela manifesta como a terra abundante
42. Om tīvrāyai namaḥ - Saudações Àquela que é perspicaz
43. Om mahā jñānāyai namaḥ - Saudações àquela como o conhecimento absoluto
44. Om mahā balāyai namaḥ - Saudações à poderosa
45. Om bhoga dāyai namaḥ - Saudações àquela que concede grande conforto
46. Om govindāyai namaḥ - Saudações Àquela que é encontrada em palavras
47. Om gomatyai namaḥ - Saudações Àquela cuja riqueza é Veda
48. Om śivāyai namaḥ - Saudações à auspiciosa
49. Om jaṭilāyai namaḥ - Saudações Àquela com cabelos emaranhados
50. Om vindhyā vāsāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja residência é Vindhya
51. Om vindhyācala virājitāyai namaḥ - Saudações Àquela que preside em Vindhya
52. Om caṇḍikāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como Durgā
53. Om vaiṣṇavyai namaḥ - Saudações ao poder de Viṣṇu
54. Om brāmhyai namaḥ - Saudações ao poder de Brahma
55. Om bramha jnānaika sādhanāyai namaḥ - Saudações Àquela adorada apenas pelo estudo de brahma vidyā
56. Om saudāminyai namaḥ - Saudações à grande refulgência
57. Om sudhā mūrtāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como imortalidade
58. Om subhadrāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como grande fortuna
59. Om sura pūjitāyai namaḥ - Saudações Àquela adorada pelos Deuses
60. Om suvāsinyai namaḥ - Saudações àquela desprovida de mau karma
61. Om sunāsāyai namaḥ - Saudações àquela com lindo nariz
62. Om vinidrāyai namaḥ - Saudações àquela sempre desperta
63. Om padma locanāyai namaḥ - Saudações Àquela de olhos como lótus
64. Om bharatāyai namaḥ - Saudações à nutridora
65. Om bhāmāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como luz
66. Om vidyā rūpāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como conhecimento
67. Om viśālākṣāyai namaḥ - Saudações Àquela de olhos grandes
68. Om bramha jāyāyai namaḥ - Saudações ao poder de Brahma
69. Om mahā phalāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como os grandes frutos do karma
70. Om trayī mūrtye namaḥ - Saudações à criadora, sustentadora e destruidora
71. Om trikāla jñāyai namaḥ - Saudações à Senhora do passado, presente e futuro
72. Om triguṇāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como os três guṇas
73. Om śastra rūpiṇyai namaḥ - Saudações àquela que existe como o Veda
74. Om śumbhāsura pramathinyai namaḥ - Saudações à destruidora de Śumbha
75. Om śubha dāyai namaḥ - Saudações àquela que dá boa fortuna
76. Om svarātmikāyai namaḥ - Saudações Àquela que existe como Som
77. Om raktabīja nihantryai namaḥ - Saudações à destruidora de Raktabīja
78. Om cāmuṇḍāyai namaḥ - Saudações à destruidora de Caṇḍa e Muṇḍa
79. Om ambikāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como Mãe
80. Om muṇḍākaya praharaṇāyai namaḥ - Saudações à destruidora do grupo de Muṇḍaka
81. Om dhūmra locana mardhinyai namaḥ - Saudações à destruidora do [general] Olhos Cinzentos
82. Om saumyāyai namaḥ - Saudações Àquela que é calma e encantadora
83. Om sarva deva stutāyai namaḥ - Saudações àquela louvada por todas as divindades
84. Om surāsura namaskṛtāyai namaḥ - Saudações Àquela saudada por devotos e ímpios
85. Om kāla rātryai namaḥ - Saudações Àquela que existe como a noite escura
86. Om kalādharāyai namaḥ - Saudações Àquela que governa as fases da lua
87. Om rūpa saubhāgya dāyinyai namaḥ - Saudações Àquela que concede beleza e fortuna
88. Om varārohāyai namaḥ - Saudações Àquela montada nos desejos do seres
89. Om vārāhyai namaḥ - Saudações Àquela que é o poder de Viṣṇu
90. Om vārijāsanāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja residência nasce da água
91. Om citrāmbarāyai namaḥ - Saudações Àquela vestida com roupas pitorescas
92. Om citra gandhāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como fragrâncias variadas
93. Om citra mālya vibhūṣitāyai namaḥ - Saudações Àquela adornada por grinaldas coloridas
94. Om kāntāyai namaḥ - Saudações à adorada
95. Om kāma pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que realiza os desejos
96. Om vandyāyai namaḥ - Saudações Àquela digna de reverência
97. Om vidyādhara supūjitāyai namaḥ - Saudações Àquela reverenciada pelos sábios
98. Om śvetananāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja face é o espaço
99. Om nīlabhujāyai namaḥ - Saudações Àquela cujos braços são o céu
100. Om catur varga phala pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que concede todos os quatro objetivos humanos
101. Om caturānana sāmrājyāyai namaḥ - Saudações Àquela que tem soberania sobre Brahma
102. Om rakta madhyāyai namaḥ - Saudações Àquela que na cinta é de cor avermelhada
103. Om niranjanāyai namaḥ - Saudações Àquela sempre livre de impurezas
104. Om hamsāsanāyai namaḥ - Saudações Àquela que está sentada num cisne
105. Om nīla jaṅghāyai namaḥ - Saudações Àquela cujas pernas são azuis
106. Om parāyai namaḥ - Saudações à suprema
107. Om mahā vīryāyai namaḥ – Saudações à mais corajosa
108. Om bramha viṣṇu śivātmikāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como a trindade
iti śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvali sampūrnam - Assim conclui-se os 108 nomes da Deusa Sarasvatī
Retirado de www.arshavm.org, traduzido do Inglês por Gustavo Cunha para www.YogaVaidika.com com a permissão da autora (Sadhvi Chaitanya). © 2008 Light of Vedanta Press - Arsha Vijnana Mandiram, Eugene, OR 97405 USA. Por favor, não reproduzir sem permissão. Imagem de topo propriedade de Himalayan Academy, usada sob licença Creative Commons.
A palavra Sânscrita para Deus é “Īśvara” ou “Īśvari”, a entidade consciente que sustém tudo. Na visão do Veda, Īśvara/i, o criador de tudo, também não está separado de tudo aquilo que é criado. A criação é, neste sentido, mais como uma manifestação, existindo como múltiplas formas e nomes. Assim como todo os ornamentos derivam a sua existência e o seu brilho do ouro, sem que o ouro passe por nenhum mudança, jagat – tudo o que está aqui incluindo o complexo corpo-mente-sentidos – retira a sua existência ao ilimitado e todo-penetrante criador, e por ele é sustentado. Para ser a verdade de tudo, Deus tem de ser livre de toda a modificação, atributos incluindo género. No entanto, a beleza da visão é a de que quando todos os nomes e formas são não-separadas de Deus, significa que Īśvara/i pode ser invocado em qualquer género, nome forma ou função.
A cosmologia Védica concede uma posição elevada ao princípio feminino, não apenas como o poder criativo e inteligência responsável pela manifestação de todos os nomes e formas, mas também como o conhecimento e abundância. Em suma, a força feminina governa a maior parte dos desejos e buscas, chamados purushārta. São quatro no total – dharma, ou conduta correta, artha, segurança, kāma, prazer, e mokṣa, libertação do sentimento de aprisionamento. Destes objetivos, artha e kāma são geralmente os mais populares. Porque uma pessoa tem a sensação de vazio centrado em si-mesma que é universalmente experienciada, procura segurança e prazer acima de tudo.
Na visão dos Vedas, mokṣa, a libertação do sentimento de aprisionamento centrado em si é a meta suprema de todo o ser humano. Já que a sensação de aprisionamento é irreal, e baseada na ignorância de si-mesma como ilimitada e plena, o conhecimento de si-mesma como uma pessoa completa pode dissipar esta ignorância. Ao contrário de um animal que está livre de consciência de si-mesmo, e não tem necessidade de tal conhecimento, o ser humano está completamente consciente de si e, portanto, também sujeito a um julgamento centrado em si-mesmo. Auto-julgamento, ou uma sensação de limitação, ato-inaptidão ou não-aceitação de si-mesmo é um fenómeno humano universal que transcende todas as diferenças.
Julgamento centrado em si-mesmo surge da ignorância de si como ilimitado e pleno, como uma forma não-separada do criador. Uma pessoa erradamente toma-se como sendo limitada da mesma maneira que a montagem corpo-mente-sentidos. Este julgamento leva uma pessoa a emaranhar-se numa vida de “tornar-se”, onde a pessoa procura compensar a noção persistente de falta tentando, constantemente, “tornar-se” ilimitada. Como aquilo que é infinito nunca poderá ser produto de ação, até que a pessoa seja exposta ao conhecimento de si como completa, ilimitada, plena e livre, nunca poderá ser livre de ser uma pessoa insuficiente.
Para alcançar paravidya, este conhecimento de si como absoluta, uma pessoa tem de cultivar śraddha, devoção, pelo ensinamento, e pelo professor, que transmite o conhecimento duma forma que remove totalmente a ignorância. Uma pessoa necessita de um corpo saudável, e livre de doenças para que não seja emboscada por padecimentos físicos durante o processo de obtenção deste conhecimento. Uma pessoa necessita de uma mente que esteja relativamente satisfeita com a capacidade de aceitar aquilo que é como é. Uma pessoa necessita viveka e vairāgya, a maturidade emocional e intelectual para cessar a procura do infinito em lugares e objetos finitos e o desapego para deixar tudo o que é finito para descobrir o infinito em si, como pūrṇa, como o todo.
A nível relativo também – o nível de ajustamento de uma pessoa no mundo dos objetos e relacionamentos – metas humanas como artha, buscas em função da segurança, e kāma, a procura de prazeres também requerem conhecimento, e a capacidade de fazer escolhas adequadas. Uma pessoa necessita de discriminação, viveka, clareza intelectual, medhā. Uma pessoa precisa da benção de estar no lugar e momento certos. Também necessita dharaṇa, o poder de retenção, e uma mente ordenada que seja capaz de permanecer focada, cittaikagrata.
Independentemente da pessoa querer realizar os seus desejos através de meios corretos, ou buscar uma resolução para esta pessoa-que-deseja no despertar do conhecimento de si-mesma, a pessoa descobre que não está no comando. Verdade, uma pessoa é livre de agir, mas não está encarregue dos resultados das suas ações. A diferença entre sucesso ou fracasso de um empreendimento – tendo que uma pessoa utilizou tempo e esforço adequados – é a variável escondida que se revela sob a forma do karma da pessoa, chamada durita. Todos os dias, uma parte do karma atribuido ao indivíduo para aquela vida manifesta-se, e traz consigo dificuldades e obstruções de diferentes graus. Durita coloca obstáculos no caminho e pode mesmo desviar a vontade da pessoa, e impedir a pessoa de alcançar a meta idealizada.
Já que durita é o efeito invísivel do karma de uma pessoa, não se pode saber quando e de que forma surgirá. Porém, pode ser conscientemente neutralizado por puṇya (bom) karma sob a forma de oração.
Oração é a invocação de Īśvara/i como o ilimitado poder que tudo permeia. Apesar de haver um insecto chamado “louva-a-deus”, apenas o humano é capaz de orar. Orar como karma, ação, pode ser kāyikam, (física), vācikam (verbal), ou manasam (mental). Cada uma destas formas acumula puṇya, benção, porque na oração a vontade não está aprisionada pelos desejos próprios, e é realmente livre. Uma pessoa tem a capacidade de orar, mas uma pessoa não precisa de orar. Na oração, existe na pessoa o entendimento da sua incapacidade de interferir no esquema das coisas; existe um reconhecimento das suas limitações e uma entrega ao altar da ilimitação. Como todas as ações, orar produz dṛṣṭa e adṛṣṭa, efeitos visíveis e invisíveis. Os efeitos visíveis da oração são um coração que é forte, calmo e livre de conflito. Apenas um coração assim pode entender-se a si-mesmo como livre de limitações. Os efeitos invisíveis da oração dissolvem os obstáculos karmicos do caminho da pessoa, libertando-a para a obtenção dos seus objetivos sem inibições ou obstruções.
Quando uma pessoa ora para o conhecimento de qualquer tipo, Īśvara/i é invocado sob a forma da Deusa Sarasvatī. A palavra “sarasvatī” significa aquela que existe sob a forma de um rio de conhecimento que flui e que permeia tudo. Mata Sarasvatī é a Deusa Védica do conhecimento, que preside sobre paravidyā, conhecimento de si-mesmo como o absoluto, e aparavidyā, o conhecimento de todas as disciplinas como as artes, incluindo a fala e o som.
A oração Védica é uma forma de entrega. A palavra Sânscrita para entrega é “namaḥ”. É uma invocação que conscientemente reconhece as forças na vida de uma pessoa que ela não consegue controlar. A palavra “namaḥ” é também a entrega dos sentimentos de impotência de uma pessoa no altar que é todo-poderoso. Quando esta entrega é bem sucedida, uma pessoa perde o sentimento de alienação apercebendo-se que está incluída no todo, e reconecta-se ao seu sentimento de propósito.
Geralmente, a oração existe ora na forma de repetição de cento e oito, ou mil e oito, nomes que revelam a natureza de Īśvara/i. Realmente falando, o número de nomes não importam em nada, porque todos os atributos, todos os nomes e todas as formas são a Deusa apenas. Se uma pessoa repete o seu nome dia-e-noite, tal pessoa seria vista como sofrendo de algum tipo de doença obsessiva. Mas, se uma pessoa repete o nome da Deusa todo o dia, tal pessoa é respeitada como sendo uma devota. Isto acontece porque no caso de Bhagavatī, a Deusa, o nome e a pessoa são um e o mesmo. Não existe diferença entre os atributos da elogia e a entidade consciente que os representa. A vocalização de śatanāmāvali, os cento e oito nomes tem um efeito purificador, em parte, devido ao arranjo poético e aliterativo dos nomes e, em parte, porque assim que a pessoa canta a pessoa “vê” o significado das palavras como não separadas de si-mesma. Na entrega ao altar que é tudo, ao identificar-se como aquilo que é todo-poderoso, a sensação de alienação e limitação é dissolvida.
Existem muitos śatanāmāvalis disponíveis, cada um dedicado a revelar os atributos de vários devatās, divindades. De todos esses, aquele dedicado à Deusa Sarasvatī é muito popular porque ela representa o conhecimento – a mais proeminente busca humana. As palavras que revelam a natureza da Deusa Sarasvatī são de quatro tipos:
a) palavras que revelam a natureza essencial de Īśvara/i, como “Om trikāla jñāyai namaḥ”, incondicionada pelo tempo;
b) palavras que revelam Īśvara/i como a causa do jagat, como “Om trayī mūrtye namaḥ”, aquela que é a causa da origem, manutenção, e destruição do jagat;
c) palavras que indicam a forma manifesta como “Om kāla rātryai namaḥ”, aquela que é a noite escura;
d) palavras que revelam a natureza esotérica da Deusa, descrevendo os seus atributos, que são muitas vezes simbólicos por natureza, como “Om rakta madhyāyai namaḥ”, aquela cuja cinta tem cor avermelhada (significando rajas ou movimento).
Aquilo que é oferecido aqui é uma simples tradução, tendo em mente o leitor ocidental, que é relativamente novo na tradição, e na pronúncia do Sânscrito. Que a Deusa Sarasvatī habite nos corações dos leitores sob a forma de discurso doce, devoção, perseverança e conhecimento. Om tat sat.
Śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvali - Os 108 nomes em louvor à Deusa Sarasvatī
1. Om sarasvatyai namaḥ - Saudações Àquela que tudo permeia fluindo
2. Om mahā bhadrāyai namaḥ - Saudações à mais auspiciosa
3. Om mahā māyāyai namaḥ - Saudações ao maravilhosos poder criador
4. Om vara pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que manifesta os desejos
5. Om śrī pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que manifesta a abundância
6. Om padma nilayāyai namaḥ - Saudações Àquela que reside na pureza
7. Om padmākṣyai namaḥ - Saudações Àquela dos olhos de lótus
8. Om padma vaktrikāyai namaḥ - Saudações Àquela de discurso puro como o lótus
9. Om śivānujāyai namaḥ - Saudações à irmã mais nova de Śiva
10. Om pustaka bhṛte namaḥ - Saudações à portadora dos Vedas
11. Om jñāna mudrāyai namaḥ - Saudações Àquela que faz o gesto do conhecimento
12. Om ramāyai namaḥ - Saudações Àquela em quem os yogis se deleitam
13. Om kāma rūpāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como desejo
14. Om mahā vidyāyai namaḥ - Saudações a Ela como conhecimento absoluto
15. Om mahā pātaka nāśinyai namaḥ - Saudações à destruidora de grande karma
16. Om mahāśrayāyai namaḥ - Saudações ao abrigo supremo
17. Om mālinyai namaḥ - Saudações Àquela que usa uma grinalda
18. Om mahā bhogāyai namaḥ - Saudações Àquela que é a grande experienciadora
19. Om mahā bhujāyai namaḥ - Saudações Àquela de braços fortes
20. Om mahā bhāgāyai namaḥ - Saudações à mais afortunada
21. Om mahotsāhāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como grande entusiasmo
22. Om divyāṅgāyai namaḥ - Saudações Àquela de membros refulgentes
23. Om sura vanditāyai namaḥ - Saudações Àquela reverenciada pelos Deuses
24. Om mahā kālyai namaḥ - Saudações Àquela que existe como sendo o tempo
25. Om mahā pāśāyai namaḥ - Saudações à grande unificadora como samsāra
26. Om mahā kārāyai namaḥ - Saudações à grande aprisionadora
27. Om mahāṅkuśāyai namaḥ - Saudações à grande disciplinadora
28. Om pītāyai namaḥ - Saudações Àquela de pele amarelada
29. Om vimalāyai namaḥ - Saudações Àquela sem impurezas
30. Om viśvāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como muitos
31. Om vidyun mālāyai namaḥ - Saudações Àquela engrinaldada por esplendor
32. Om vaiṣṇavyai namaḥ - Saudações Àquela que tudo permeia
33. Om candrikāyai namaḥ - Saudações Àquela como luar
34. Om candra vadanāyai namaḥ - Saudações Àquela possuidora de rosto [brilhante] como a Lua
35. Om candralekha vibhūṣitāyai namaḥ - Saudações Àquela adornada pela Lua crescente
36. Om sāvitryai namaḥ - Saudações à portadora da refulgência do Sol
37. Om surasāyai namaḥ - Saudações Àquela que é a essência do conhecimento
38. Om devyai namaḥ - Saudações à radiante
39. Om divyālaṅkāra bhūṣitāyai namaḥ - Saudações àquela adornada por luz
40. Om vāgdevyai namaḥ - Saudações à Deusa do discurso
41 . Om vasudāyai namaḥ - Saudações àquela manifesta como a terra abundante
42. Om tīvrāyai namaḥ - Saudações Àquela que é perspicaz
43. Om mahā jñānāyai namaḥ - Saudações àquela como o conhecimento absoluto
44. Om mahā balāyai namaḥ - Saudações à poderosa
45. Om bhoga dāyai namaḥ - Saudações àquela que concede grande conforto
46. Om govindāyai namaḥ - Saudações Àquela que é encontrada em palavras
47. Om gomatyai namaḥ - Saudações Àquela cuja riqueza é Veda
48. Om śivāyai namaḥ - Saudações à auspiciosa
49. Om jaṭilāyai namaḥ - Saudações Àquela com cabelos emaranhados
50. Om vindhyā vāsāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja residência é Vindhya
51. Om vindhyācala virājitāyai namaḥ - Saudações Àquela que preside em Vindhya
52. Om caṇḍikāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como Durgā
53. Om vaiṣṇavyai namaḥ - Saudações ao poder de Viṣṇu
54. Om brāmhyai namaḥ - Saudações ao poder de Brahma
55. Om bramha jnānaika sādhanāyai namaḥ - Saudações Àquela adorada apenas pelo estudo de brahma vidyā
56. Om saudāminyai namaḥ - Saudações à grande refulgência
57. Om sudhā mūrtāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como imortalidade
58. Om subhadrāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como grande fortuna
59. Om sura pūjitāyai namaḥ - Saudações Àquela adorada pelos Deuses
60. Om suvāsinyai namaḥ - Saudações àquela desprovida de mau karma
61. Om sunāsāyai namaḥ - Saudações àquela com lindo nariz
62. Om vinidrāyai namaḥ - Saudações àquela sempre desperta
63. Om padma locanāyai namaḥ - Saudações Àquela de olhos como lótus
64. Om bharatāyai namaḥ - Saudações à nutridora
65. Om bhāmāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como luz
66. Om vidyā rūpāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como conhecimento
67. Om viśālākṣāyai namaḥ - Saudações Àquela de olhos grandes
68. Om bramha jāyāyai namaḥ - Saudações ao poder de Brahma
69. Om mahā phalāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como os grandes frutos do karma
70. Om trayī mūrtye namaḥ - Saudações à criadora, sustentadora e destruidora
71. Om trikāla jñāyai namaḥ - Saudações à Senhora do passado, presente e futuro
72. Om triguṇāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como os três guṇas
73. Om śastra rūpiṇyai namaḥ - Saudações àquela que existe como o Veda
74. Om śumbhāsura pramathinyai namaḥ - Saudações à destruidora de Śumbha
75. Om śubha dāyai namaḥ - Saudações àquela que dá boa fortuna
76. Om svarātmikāyai namaḥ - Saudações Àquela que existe como Som
77. Om raktabīja nihantryai namaḥ - Saudações à destruidora de Raktabīja
78. Om cāmuṇḍāyai namaḥ - Saudações à destruidora de Caṇḍa e Muṇḍa
79. Om ambikāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como Mãe
80. Om muṇḍākaya praharaṇāyai namaḥ - Saudações à destruidora do grupo de Muṇḍaka
81. Om dhūmra locana mardhinyai namaḥ - Saudações à destruidora do [general] Olhos Cinzentos
82. Om saumyāyai namaḥ - Saudações Àquela que é calma e encantadora
83. Om sarva deva stutāyai namaḥ - Saudações àquela louvada por todas as divindades
84. Om surāsura namaskṛtāyai namaḥ - Saudações Àquela saudada por devotos e ímpios
85. Om kāla rātryai namaḥ - Saudações Àquela que existe como a noite escura
86. Om kalādharāyai namaḥ - Saudações Àquela que governa as fases da lua
87. Om rūpa saubhāgya dāyinyai namaḥ - Saudações Àquela que concede beleza e fortuna
88. Om varārohāyai namaḥ - Saudações Àquela montada nos desejos do seres
89. Om vārāhyai namaḥ - Saudações Àquela que é o poder de Viṣṇu
90. Om vārijāsanāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja residência nasce da água
91. Om citrāmbarāyai namaḥ - Saudações Àquela vestida com roupas pitorescas
92. Om citra gandhāyai namaḥ - Saudações Àquela manifesta como fragrâncias variadas
93. Om citra mālya vibhūṣitāyai namaḥ - Saudações Àquela adornada por grinaldas coloridas
94. Om kāntāyai namaḥ - Saudações à adorada
95. Om kāma pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que realiza os desejos
96. Om vandyāyai namaḥ - Saudações Àquela digna de reverência
97. Om vidyādhara supūjitāyai namaḥ - Saudações Àquela reverenciada pelos sábios
98. Om śvetananāyai namaḥ - Saudações Àquela cuja face é o espaço
99. Om nīlabhujāyai namaḥ - Saudações Àquela cujos braços são o céu
100. Om catur varga phala pradāyai namaḥ - Saudações Àquela que concede todos os quatro objetivos humanos
101. Om caturānana sāmrājyāyai namaḥ - Saudações Àquela que tem soberania sobre Brahma
102. Om rakta madhyāyai namaḥ - Saudações Àquela que na cinta é de cor avermelhada
103. Om niranjanāyai namaḥ - Saudações Àquela sempre livre de impurezas
104. Om hamsāsanāyai namaḥ - Saudações Àquela que está sentada num cisne
105. Om nīla jaṅghāyai namaḥ - Saudações Àquela cujas pernas são azuis
106. Om parāyai namaḥ - Saudações à suprema
107. Om mahā vīryāyai namaḥ – Saudações à mais corajosa
108. Om bramha viṣṇu śivātmikāyai namaḥ - Saudações Àquela que se manifesta como a trindade
iti śrī sarasvatī āṣṭottara śatanāmāvali sampūrnam - Assim conclui-se os 108 nomes da Deusa Sarasvatī
Retirado de www.arshavm.org, traduzido do Inglês por Gustavo Cunha para www.YogaVaidika.com com a permissão da autora (Sadhvi Chaitanya). © 2008 Light of Vedanta Press - Arsha Vijnana Mandiram, Eugene, OR 97405 USA. Por favor, não reproduzir sem permissão. Imagem de topo propriedade de Himalayan Academy, usada sob licença Creative Commons.
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